4 de dezembro de 2010

Curiosidade

As trilobites surgiram, viveram e extinguiram-se sem deixar quaisquer descendentes muito antes de o Homem ter surgido na Terra. O biólogo Jorge Nunes segue a pistas destes artrópodes marinhos e desvenda algumas das suas inúmeras curiosidades.   
 As trilobites, parentes afastados dos crustáceos actuais, foram os principais representantes dos artrópodes (grupo a que também pertencem, por exemplo, os caranguejos e os insectos) nos mares do Paleozóico (há 540 a 250 milhões de anos). Dominaram todos os ambientes marinhos, de uma forma similar ao domínio exercido pelos dinossauros durante o Jurássico e o Cretácico, e eram de tal modo abundantes que esse período de tempo geológico também é denominado como “Era das Trilobites”. Esses organismos surgiram do Big Bang biológico (explosão de vida, com variadas formas) que ficou conhecido por “Explosão Câmbrica” e que correspondeu a uma enorme diversificação evolutiva dos animais, em que a maioria dos filos actuais e outros extintos surgiram. Tiveram uma ampla distribuição geográfica e uma pequena repartição estratigráfica, isto é, cada espécie teve um período de vida relativamente curto, sendo por isso considerados bons fósseis de idade, uma vez que permitem datar as rochas onde se encontram.  Atingiram o seu apogeu durante o Ordovícico (500 a 435 M.a.), quando terão existido 63 famílias agrupadas em oito ordens, entrando em progressivo declínio que culminou com o seu desaparecimento no final do Pérmico (280 a 230 M.a.), altura em que ocorreu uma extinção em massa, a maior da história da vida na Terra, em que terão desaparecido cerca de 90 por cento das espécies marinhas e terrestres.

Fonte:  http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=209:no-rasto-das-trilobites&catid=6:artigos&Itemid=80

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